Um grupo de garimpeiros é suspeito de atear fogo em prédios do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), em Humaitá, no Sul do Amazonas, nesta sexta-feira (27). A ação criminosa ocorreu após uma operação do Ibama apreender balsas usadas em um garimpo.
As unidades do Ibama e do ICMBio no município de Humaitá (AM) foram atacadas e destruídas em represália a operação de fiscalização realizada para combater o garimpo ilegal de ouro no Rio Madeira.
Essa atividade ilegal é altamente impactante e causa graves danos ao meio ambiente e à saúde humana, além do risco à navegação. Normalmente associado a diversos outros crimes, como contrabando e sonegação fiscal, o garimpo ilegal financia a grilagem de terras e contribuiu para o aumento da violência no campo. Este cenário exige atuação firme das instituições públicas.
As estruturas dos órgãos ambientais foram atacadas, e servidores ameaçados. O Ministério do Meio Ambiente acionou imediatamente os Ministérios da Defesa e da Justiça, as Polícias Federal e Rodoviária Federal e a Força Nacional para resguardar a integridade física dos servidores que atuam na região.
Os servidores estão fisicamente bem e já se encontram em local seguro, fora do município de Humaitá.
Os danos materiais serão avaliados assim que a região voltar à normalidade, o que deverá ser garantido pelas forças de segurança pública. A Polícia Federal (PF) já iniciou investigações para identificar os responsáveis pelos atentados, que responderão pelos atos criminosos.
A operação no Rio Madeira (AM e RO) é realizada em conjunto com Exército, Marinha e Força Nacional.
O combate aos ilícitos ambientais no rio e na região da BR230 será mantido.