O Governo do Amazonas, por meio das secretarias de Estado do Meio Ambente (Sema), Turismo (Amazonastur) e da Juventude, Esporte e Lazer (Sejel), iniciou nesta terça-feira (20) a primeira audiência pública com operadores da pesca comercial, esportiva e de subsistência, além do turismo ecológico, para elaborar projetos de leis para construção de uma nova Política Pública para os segmentos, que movimentam mais de R$ 500 milhões por ano no Estado.
De acordo com o secretário da Sema e presidente do Instituto de Proteção do Amazonas (Ipaam), Marcelo Dutra, o encontro serviu para apresentar as propostas da administração do governador Amazonino Mendes e receber sugestões dos representantes dos setores no período de 5 a 6 de abril, quando o Governo do Estado realiza no Centro de Convenções do Amazonas Vasco Vasques (CCAVV), no bairro Alvorada, zona centro-oeste, o 1º Workshop Sobre Pesca Esportiva.
Além do secretário da Sema, a audiência contou com a participação do diretor-presidente da Amazonastur, Orsine Junior, secretária da Sejel, Janaína Chagas, secretário adjunto de Pesca e Aquicultura (Sepa), Geraldo Bernardino, presidente da Associação Barcelense dos Operadores do Turismo (Abot), Yan Arthur, e do vereador Wallace Oliveira. O evento reuniu mais de 100 empresários do segmento do turismo de pesca, secretários municipais de Meio Ambiente e gestores de Unidades de Conservação (UCs).
Reordenamento – Segundo Dutra, as discussões serão de grande importância para elaborar o reordenamento do setor do turismo de pesca no Amazonas, para que o Estado tenha um maior poder de fiscalização, monitoramento do segmento e o pagamento por compensação de serviços ambientais, conforme determina o Acordo de Paris, que estabelece regras internacionais voltadas ao trabalho de combate as mudanças climáticas.
“É a oportunidade que o Amazonas tem de aferir publicidade, atrair investimentos e estabelecer políticas reais que vão agregar valor a atividade da nossa população no interior”, afirmou Marcelo Dutra. Ele disse que a grande dificuldade de monitoramento é a falta da validação dos documentos apresentados ao Ipaam para cada empreendimento ter acesso ao Certificado de Registro de Pesca (CRP) e da Carteira de Pesca Esportiva.
Turismo ecológico ─ O diretor-presidente da Amazonastur, Orsine Junior informou que a maioria dos operadores do trade de pesca esportiva não estão com o Cadastro de Turismo (Cadastur) atualizado e, aproveitou o encontro, para pedir ajuda dos empresários do segmento renovar as informações cadastrais. “Queremos uma maior interação com o segmento para que possamos reforçar políticas públicas”, conclamou.
Orsine Junior disse que a Amazonastur apoia todas as ações desenvolvidas pela Sema e anunciou a realização em setembro, o Torneio de Pesca Esportiva “Amigos do Tarumã” e a elaboração do Brasileiro de Pesca Esportiva no Amazonas. “Estamos elaborando um calendário com eventos grandiosos para que seja referência para o Brasil e, quem sabe até, internacionalmente”, afirmou.
Barcelos – Ian-Arthur de Sulocki, presidente da Associação Barcelense de Turismo (Abot), entidade conta com 15 empresas atuando no segmento da pesca esportiva na região do Alto Rio Negro e que movimenta algo em torno de R$ 10 milhões no município de Barcelos, relatou sobre as dificuldades que os Operadores de turismo tinham na Administração anterior e das melhorias com a parceria da Administração atual, finalizou com a preocupação de preservar o tucunarés açús e perigo do Amazonas perder mercado para países vizinhos.
Esporte – A secretária da Sejel, Janaína Chagas, disse que, ao longo dos anos, o órgão teve uma participação muito discreta nos eventos de pesca esportiva no Estado, mas que, neste ano, com a nova política do governo para o setor, a secretária vai exercer um papel firme. “Já que a pesca é esportiva, vamos ter a Sejel como parceira, já que muitos atletas são pescadores esportivos e vamos trazê-los para dentro desse grande projeto”, disse.
Números – O secretário da Sepa, Geraldo Bernardino lembrou que a atividade de pesca no Amazonas atingiu no ano passado 250 mil toneladas, sendo que desse total 130 mil toneladas teve como destino o comércio, 25 mil toneladas saíram do estado de forma clandestina e 70 mil toneladas para consumo das populações no interior.
Bernardino informou que, atualmente, existem 130 mil pescadores registrados no Estado, sendo que 78 mil já receberam, o que gerou uma movimentação de mais de R$ 300 milhões nos 62 municípios amazonenses.
FOTOS: José Narbaes/Sema
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