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9ª Edição do Aquishow Brasil em Santa Fé do Sul (SP)

Começa nesta terça-feira (9) a 9ª edição do Aquishow Brasil, um dos maiores eventos de aquicultura do País. Organizado pela Associação de Piscicultores em Água Paulista e da União (Peixe SP), o evento segue até sexta-feira, (18), no Complexo Turístico, Cultural e Histórico Roberto Rollemberg, em Santa Fé do Sul (SP), com palestras e a participação de 106 expositores, nacionais e internacionais.

De acordo com Emerson Esteves, presidente da Peixe SP, a expectativa é de que a Aquishow Brasil movimente R$ 5 milhões em negócios. O público esperado é de 3 mil pessoas nos quatro dias de evento.

“Assumimos a organização da Aquishow em 2017. Unimos forças para fortalecer e estruturar um evento que dialogue com toda a cadeia produtiva da aquicultura, já que nosso principal objetivo é a melhoria e ampliação da produção e comercialização de pescados no Brasil”, destaca.

O evento é destinado a empresas, pesquisadores, estudantes, investidores e produtores. Entre a grade de programação com palestras e informações, destaque para a participação do pesquisador colombiano Egar Andés Pulido, que falará sobre o TILV, um vírus que está ameaçando os produtores de tilápia. A palestra será nesta terça-feira, 15, às 14 horas.

Santa Fé do Sul e municípios próximos foram a principal região produtora de tilápia paulista. De lá saem cerca de 70% da tilápia consumida no Estado. A cidade tem frigoríficos, fábricas de ração e centenas de produtores, de pequenos a grandes. No ano passado, a projeção era de que a cadeia da aquicultura, produção de peixes em cativeiro, movimentasse R$ 500 milhões, o que significa um crescimento de 20% em relação a 2016.

Atividade em expansão
Para o diretor de departamento do Instituto de Pesca (IP), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado, Luiz Marques da Silva Ayroza, a Aquishow acontece num momento em que a criação de peixes em ambientes cultivados avança mundialmente, levando à previsão de que, em 2020, ultrapassará a pesca de captura em rios e mares, segundo a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO). “É o maior evento de aquicultura do País e vamos levar informações técnicas importantes sobre pesquisas e inovações que acabam de se tornar disponíveis para os produtores”, disse

“O Brasil tem um tremendo potencial, não só para a produção de tilápias, mas também de outros peixes. Além dos chamados peixes redondos, como o tambaqui e o pacu, e seus híbridos, o tambacu e o patinga, vamos apresentar aspectos interessantes sobre a criação do pintado e do pirarucu”, comentou.

Segundo o diretor do IP, a produção brasileira de tilápias, o peixe de água doce mais consumido no País, cresceu 8% em 2017, em comparação com 2016, atingindo 357 mil toneladas. O incremento fez com que o Brasil superasse Filipinas e Tailândia, assumindo o quarto lugar entre os maiores produtores mundiais desse pescado. A produção de tilápia representa 51,7% da aquicultura nacional – criação de peixes, moluscos e crustáceos em ambientes aquáticos. O Estado de São Paulo assumiu, no ano passado, o terceiro lugar entre os Estados produtores, com 69,5 mil toneladas, atrás de Paraná e Rondônia.

Outra novidade a ser mostrada no evento envolve a criação do panga, peixe com grande potencial e que, segundo ele, já teve a produção regulamentada no Estado e é produzido na região de Mococa, interior paulista. O técnico lembra que o Brasil importa grande quantidade por ano desse peixe, principalmente dos Estados Unidos. “O panga está sendo comparado com o salmão do Chile e tem grande potencial para criação no Estado de São Paulo”, disse.

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