Baleeiros japoneses matam 122 baleias gravidas no Oceano Antártico
Baleeiros vindos do Japão, mataram 122 baleias grávidas no último verão, segundo relatório divulgado pela CNN, o que provocou indignação entre ativistas que defendem o fim da caça.
“A morte de 122 baleias grávidas é uma estatística chocante”, disse Alexia Wellbelove, da associação ambientalista da Humane Society International, através de um comunicado citado pelo The Guardian.
“É mais uma demonstração da natureza verdadeiramente horrível e desnecessária das operações baleeiras, especialmente quando as pesquisas não letais mostraram ser suficientes para as necessidades científicas”, disse Wellbelove.
Ainda segundo o relatório, preparado por representantes do Instituto de Pesquisa Cetáceo, uma agência ligada ao Ministério da Pesca do Japão, esse número representa mais da metade das baleias-anãs capturadas durante expedição de caça realizada no Oceano Antártico.
Como acontece todos os anos, mais uma vez o Japão justificou sua caça com base em uma isenção na lei internacional que permite que os animais sejam mortos para fins científicos, porém a Austrália denunciou a medida na Corte Internacional de Justiça, que decidiu contra o programa japonês no Oceano Antártico.
Três embarcações, incluindo o principal da frota, o “Nisshin Maru”, chegou no início do mês de abril ao porto de Shimonoseki, no oeste do país. No total, 333 baleias Minke, foram assassinadas.
Mercado de carne de baleia no Japão
O consumo da baleia é considerado um ato cultural no Japão, onde os animais marinhos de grande porte são caçados durante séculos. A caça pode agravar a ameaça de extinção da espécie – o animal está no estado de preocupação menor, conforme a lista vermelha de espécies ameaçadas da União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN) – apesar que o consumo de carne de baleia diminuiu no país nos últimos anos.
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