Fiscais do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) em conjunto com o Batalhão de Policiamento Ambiental realizaram, no período de 7 a 11 de junho, a operação “Purinunguis” na Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Piagaçu-Purus, no rio Negro, e entornos no município de Beruri (distante 173 quilômetros de Manaus) e aprenderam animais silvestres abatidos, pescado, armas de equipamentos de pesca.
De acordo com o gerente de Fiscalização Ambiental (Gefa) do órgão, Abener Brandão, a ação foi motivada por informações recebidas pelo Disque-Denúncia do Ipaam de moradores da Unidade de Conservação (UC) sobre pesca ilegal de peixe-boi (Trichechus inunguis), e animais silvestres, como paca (Cuniculus paca), anta (Tapirus terrestres), tatu (Dasypus novemcinctus) e pescados, além de exploração ilegal de madeira.
A operação resultou na lavratura de 11 autos de infração, totalizando R$ 53.990,00, 13 Termos de Apreensão, 3 Termos de soltura, doação, destruição de animais silvestres abatidos, pescado, armas, equipamentos e embarcações utilizados no crimes ambientais. “A orientação do presidente do Ipaam, Marcelo Dutra, é de intensificar os trabalhos de fiscalização naquela região, pois existem muitas denúncias sobre crimes ambientais”, disse Brandão.
A calha do rio Purus é considerada estratégica no contexto ambiental do Amazonas e, por essa razão, segundo o gerente da Gefa do Ipaam, as ações de fiscalização são frequentes, com o objetivo de combater os ilícitos ambientais da fauna e flora. A caça apreendida foi inutilizada. O pescado doado aos moradores da região e o peixe-boi abatidos levados ao Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), no bairro Aleixo, zona centro-sul, para estudos científicos.
A operação “Purinunguis” faz alusão ao nome da RDS Piagaçu-Purus e ao nome científico do peixe-boi (Trichechus inunguis).
Governo do estado do Amazonas