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Foco em sustentabilidade coloca a pesca no caminho certo para o futuro

A pescaria é algo que acompanha o ser humano desde tempos muitos antigos. Relatos arqueológicos relatam que o primeiro registro de pescaria pelo homo sapiens vem de 40 mil anos antes de Cristo, baseando-se em achados como iscas rudimentares feitas de pedra, e o encontro de traços de animais aquáticos nos esqueletos de um homem na China pré-histórica. Ao mesmo tempo, o neandertal já lançava mão da pescaria há mais de 200 mil anos atrás, na África.

Ali, o hábito de pescar ainda era limitado à sobrevivência. Com pouquíssimos seres humanos ocupando o planeta e disputando terras, mares e rios com a fauna e a flora, a exploração dos recursos vindo desses ecossistemas pouco afetava o balanço da natureza. O homem ainda era um superpredador que punha em risco algumas espécies; mas a população ainda não se encontrava numa escala grande o bastante para que se colocasse em perigo o planeta inteiro.

Mas saímos da pré-história, e começamos a nos desenvolver tecnologicamente de maneira bem desenfreada. A busca pela sobrevivência deu espaço à busca pelo conforto, e esses confortos eram muitas vezes achados nos rios e nos mares. Nestes espaços tão vastos, partiam barcos atrás de baleias e tubarões para extrair dos mesmos óleos para manter lampiões acesos, e barbatanas com poderes de cura “milagrosos”.

O processo desenfreado de pesca predatória, em conjunto com a contínua poluição do meio-ambiente por meio da ação humana, pôs a saúde do mundo em seu limite. E hoje nós vemos as consequências, com a sustentabilidade ganhando cada vez mais espaço dentro da discussão social, econômica e política – do jeito que tinha que ser desde o princípio.

Para além do campo governamental, algumas empresas já saíram na frente neste tipo de política – e algumas delas não estão diretamente envolvidas com o meio-ambiente em seu modelo de negócios. Uma delas é a Betfair, que possui não o maior intercâmbio de apostas esportivas do mercado como também uma longa lista de políticas internas para reduzir ao máximo as emissões de carbono da companhia, incluindo uso de tecnologias sustentáveis no consumo de energia, apoiar causas anti-desflorestamento na Amazônia e apoiar a preservação de ursos-polares.

Ao mesmo tempo, a pesca também está em um processo de mudança significativa comparado ao que era praticado em tempos de outrora. Cada vez mais, a pesca sustentável ganha mais adeptos mundo afora, num processo que envolve esforços não só dos pescadores, mas também de governos a nível local e federal na busca pela preservação de animais aquáticos e dos ecossistemas onde os mesmos sobrevivem.

As ações da pesca sustentável parecem simples de implementar na teoria. Para os que dependem das águas para o seu sustento, envolve a extração de recursos de maneira que não haja um grande impacto nos ciclos de reprodução das espécies ali presentes. E caso seja necessário, alguns dos animais são protegidos e até mesmo “incentivados” a reproduzir em volume maior que o normal, em busca da recuperação do balanço natural que era encontrado antes da inserção da influência humana naquele meio.

De certa forma, a modalidade de “pesca e solta” já é uma prática bem sustentável. Uma vez que a tradição de levar peixes fisgados como troféu para casa são deixados para trás, a tendência é que a maior adoção desse tipo de pescaria traga altos benefícios para os ecossistemas mundo afora. Ao mesmo tempo, serve como impulso para o turismo de áreas de pesca, que aproveitam os benefícios de manter rios e mares bem tratados com o fluxo de receita dos pescadores que querem experimentar a sensação de pegar grandes animais, e ao mesmo tempo apoiar causas nobres.

No fim, isso não depende só de esforços privados. É preciso sim que as instituições governamentais ofereçam formas de proteção aos ecossistemas – não só para rios e mares, mas também para as matas e praias que estão em seu entorno. E assim, a junção de iniciativas em todos os âmbitos em prol de uma causa mais do que justa garantirá que as gerações atuais e as vindouras ainda possam aproveitar das riquezas da água por muitos anos a vista!

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