Durante uma operação coordenada pela equipe do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) de Santos (SP), uma embarcação de Itajaí (SC) foi flagrada praticando pesca irregular ao redor de uma plataforma de petróleo e gás na Bacia de Santos (área proibida para pesca). As imagens foram divulgadas pelo Instituto, nesta sexta-feira (24).
A Operação Plataforma Ibama em parceria com a Marinha do Brasil, contou com o apoio da equipe do Grupamento de Patrulha Naval do Rio de Janeiro e do avião Poseidon, do Ibama, que possui equipamentos de monitoramento a longas distâncias.
A embarcação suspeita foi flagrada pela equipe na terça-feira (21) após uma denúncia de que os pescadores invadiram áreas de segurança, próximas à extração de combustível na Bacia de Santos.
O Ibama aponta que a pesca é proibida em um raio de 500 metros de distância das plataformas de petróleo e gás, uma vez que o choque de uma embarcação contra a plataforma pode causar acidentes e danos ambientais.
A embarcação foi monitorada pelo Programa de Rastreamento via Satélite (Preps) que acompanhou todo o percurso, confirmando diversas invasões a áreas de seguranças.
Os pescadores foram abordados pelos fiscais do Ibama somente quando chegaram no Porto de Itajaí (SC), onde seria feito o desembarque dos peixes. No local, o Ibama apreendeu 75 toneladas de pescado.
Em entrevista à TV Tribuna, a agente ambiental federal Ana Angélica Alabarce, a chefe do Ibama em Santos, diz que a operação é pioneira no Brasil e foi executada após um ano de planejamento para coibir a pesca em áreas de segurança. A ação visa garantir a segurança das plataformas e das operações de extração de combustíveis.
“Não é por acaso que essa área é proibida. Quando um pesqueiro desse adentra essa área pescando, o seu pescado chama as aves. Há um movimento de aeronaves. Com o risco de um problema, uma pane por causa de uma entrada (de uma ave) em uma turbina, coloca em uma situação que pode ser incalculável o dano, tanto para a plataforma quanto para as pessoas que estão em volta. O impacto ambiental também”, afirma.
Todo o pescado e a embarcação foram apreendidos. O Ibama também aponta que, pela pesca em área proibida, o proprietário do barco apreendido poderá ser autuado em R$ 1,5 milhão.