O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) duvulgou na manhã dessa segunda-feira (19) que apreendeu 28,7 toneladas de barbatanas de tubarões azul e anequin, também conhecidos como Mako, espécies que entraram na lista de animais ameaçados em extinção em maio desse ano.
Segundo o órgão, essa é a maior apreensão em número de barbatanas já registrada no mundo e representa a morte estimada de 10 mil indivíduos de tubarões (4.400 Azuis e 5.600 Anequim), o que representa um considerável impacto ambiental.
Do total apreendido que seriam exportados para a Ásia ilegalmente, 27,6 toneladas foram encontradas em uma única empresa em Itajaí (SC) que está sendo autuada. O restante, 1,1 tonelada, foi flagrada pelo Ibama no Aeroporto de Guarulhos (SP) no mês de maio.
A pesca de tubarões, conforme o Ibama, é proibida no Brasil. Por isso, a suspeita é de que as embarcações usadas para a captura dos animais “valiam-se de licenças de captura de outras espécies de peixe e atuavam com índices acima de 80% da carga permitida”.
Além da pesca ilegal, as embarcações também deixaram de utilizar medidas obrigatórias para evitar a captura e morte de aves marinhas, o que causa milhares de mortes de aves, sendo algumas de espécies consideradas ameaçadas de extinção, disse o órgão.
Na Ásia, as barbatanas de tubarão são consideradas iguarias de alto valor. Para combater o crime, o Ibama iniciou desde de janeiro uma mega operação nacional denominada Makaira, que é uma ação institucional de combate à pesca ilegal, não reportada e não regulamentada.