Sea Shepherd Brasil lança abaixo-assinado em defesa do boto usado com isca na pesca da piracatinga no Solimões (AM)
A perigosa cultura do abate do boto para a captura da piracatinga na região do alto Solimões, não raras vezes denunciada por pesquisadores de várias instituições ambientais, como o INPA, por exemplo, voltou a ser abordado através de um apelo no site change.org.
Na região, o boto é morto, transformado em isca e usado na pesca da piracatinga, um peixe bagre que se alimenta de carcaças.
De acordo com o site, que abriu um abaixo-assinado on-line convocando o ministro da Pesca e Aquicultura André de Paula a tornar definitiva a proibição do abate do boto, a população da espécie cai pela metade a cada 10 anos. O abaixo-assinado é de autoria da Sea Shepherd Brasil.
Qual é a relação da pesca da piracatinga com os botos?
Uma das maiores ameaças aos botos é que eles são mortos para serem usados como isca na pesca da piracatinga, um peixe bagre que se alimenta de carcaças.
A piracatinga não é um peixe tradicionalmente consumido no Brasil e é exportada ilegalmente para outros países, principalmente para a Colômbia, onde seu comércio também é proibido, uma vez que este é um peixe com altas concentrações de mercúrio e outros tóxicos danosos à saúde.
Matar botos é crime!
A morte intencional dos botos cor-de-rosa é um ato ilegal desde 1988. Portanto, seu uso como isca, assim como o comércio deste peixe na Colômbia, são práticas permanentemente ilegais.
No Brasil, desde 2015 há uma moratória temporária que proíbe a pesca e comercialização da piracatinga. Esta moratória foi renovada por três vezes e sua última versão, a portaria SAP/MAPA Nº 271, de 1º de julho de 2021, está prevista para acabar em 2 de julho de 2023, como divulgada na portaria SAP/MAPA Nº 1.082, de 22 de junho de 2022.
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