Poluição do Rio Tietê causa preocupação no interior do estado de São Paulo

A poluição no Rio Tietê tem causado prejuízos para pescadores e comerciantes das regiões de São José do Rio Preto (SP) e Araçatuba (SP) , que dependem da atividade para sobreviver. Devido à água esverdeada e à mortalidade dos peixes, muitos não conseguem trabalhar.

Além de afastar os turistas, a situação traz danos ao meio ambiente e foi alvo de medidas emergenciais por parte do Governo de São Paulo para tentar solucionar o problema da eutrofização.

Segundo as autoridades, o controle excessivo de algas nas águas e o descarte irregular de esgoto são alguns dos fatores que ocasionaram esse processo de manipulação da fauna e da flora.

Para os pescadores, a situação tornou-se insustentável. Em Mendonça (SP) , um trecho do Rio Barra Mansa, que é um afluente do Tietê, está cheio de algas, o que prejudica a atividade. Além disso, a densidade da água pode causar danos aos motores de popa.

Linha de Crédito Emergencial
Diante da crise, o governo de São Paulo anunciou uma linha de crédito emergencial para ajudar pescadores e piscicultores afetados pela poluição no Tietê. A Secretaria de Agricultura e Abastecimento está realizando levantamentos para definir os valores e direcionar os recursos.

O acesso ao crédito será feito por meio das Casas da Agricultura dos municípios, e a linha emergencial terá juros zero.

Técnicos do Instituto da Pesca e da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral já estão visitando as regiões afetadas por dados de profundidade e orientando os trabalhadores sobre o benefício.

Peixes podem ser consumidos?
Mesmo com a mortandade de peixes, os especialistas garantem que o pescado disponível para venda é considerado seguro para consumo.

Emerson Esteves, diretor do Peixe SP, esclarece que as características de baixa oxigenação no Rio Tietê não impactam na qualidade do alimento.

Segundo ele, os peixes criados em tanques-rede seguem padrões rigorosos de nutrição e produção, garantindo a segurança alimentar. “Não há contraindicação. Quem pesca, quem compra e quem vende pode consumir sem problema nenhum”, reforça.

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