3.000 alevinos de surubim e caranha são soltos no Lago Azul em Araguaína (TO)
Em comemoração ao Dia Mundial do Meio Ambiente, três mil alevinos foram soltos no Lago Azul no município de Araguaína (TO) nesta sexta-feira (5). A recuperação da fauna do local faz parte do Projeto Lago Vivo que agora conta com 24 mil novos peixes liberados no Lago Azul.
De acordo com o secretário executivo do Meio Ambiente, Helter Dantas, a intenção é soltar 200 mil alevinos. “Queremos recuperar a fauna do Lago Azul como era antes Hidrelétrica do Corujão. À época, os peixes que subiam o Rio Lontra para desova ficaram impedidos de voltar e os que ficaram foram extintos”, afirmou.
Dos 3.000 alevinos soltos nesta sexta, 1.000 são surubins e 2.000 são caranhas, espécies que estavam quase extintas no local. Além dessas espécies, em outros momentos também foram soltos piau, tambaqui e tambatinga. “Estamos fazendo solturas em intervalos de 45 dias ou mais para analisar o impacto causado pela introdução dos peixes e se estão se desenvolvendo como esperado”, explicou o secretário.
Quem monitora o crescimento desses peixes é o biólogo municipal Aníbal Souza Neto. De acordo com o técnico, a evolução está dentro dos parâmetros para alevinos em áreas abertas. “As tambatingas que tinham 5 centímetros na primeira soltura, em agosto, estão com aproximadamente 20 centímetros”, relatou.
Aníbal contou ainda que os alevinos soltos agora estão mais evoluídos. “Para evitar os predadores, esses três mil já são maiores, entre 10 a 15 centímetros. Isso equilibra a competição e aumenta a chance de sobrevivência”, afirmou.
Pesca esportiva
O projeto também busca a aproximação da população ao lago e por isso a Prefeitura de Araguaína regulamentou a pesca esportiva no local, com regras e documento gratuito disponíveis no site http://pesca.araguaina.to.gov.br/.
O morador pode se divertir usando anzol, chumbada, linha, vara ou caniço, molinete, carretilha ou similar, iscas artificiais e naturais, sendo obrigatória a prática do pesque e solte.
O empresário e pescador esportivo Elionai Rodrigues participou da soltura representando as empresas que são parceiras no projeto: Sport Fish, Campelo, Nosso Lar e Bravo Náutica.
“Isso aqui é uma riqueza e precisamos ajudar nessa recuperação para população. Tem gente daqui que vai para Babaçulândia, sendo que podemos brincar aqui”, relatou.
Apenas na modalidade pesque e solte
A pesca predatória é considera crime no local e quem a pratica está sujeito a multa de R$ 300 a R$ 10.000, com acréscimo de R$ 20 por quilo do produto da pesca, e ainda à suspensão da licença, apreensão do material de pesca e do pescado, bem como às demais penalidades previstas em lei.
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